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terça-feira, 20 de abril de 2010

Senhor dos homens



Que olhar é esse que confunde os corações dos homens!
Que ternura tamanha a me convidar para a eternidade!
Quanta sublimidade em tão simples face!

Indescritível é a sensação de quem é tocado pelo aconchego do teu sorriso.
Um encantamento hipnótico é o que sofre a presa de teu amor
Para quem qualquer esforço é diminuto no seu buscar.

Por que olhas para mim, homem sagrado?
Por que me tendes em vossos braços,
Porque não me abandonas, oh amado?

O que tenho a te dar
E como servir a quem já tudo tem?

Quem te ensinou esse jeito de ser
Que a qualquer um te fazes reconhecer
Sem que expresses uma única palavra?

Pois é no silêncio que falas mais
Nosso interior é tua morada
Estás mais perto de mim que eu do nada
Eu te desejo no meu nada
E me fazes te ter
Acima de todos.

Não tenho o que reclamar,
Pois não estou
só-no-mundo.
Eu não sou só-para o mundo
E o que eu te der ainda não é nada

Por isso,
Em tudo ser todo
Humanamente mais
- opção total -

Por que rides vós de mim assim?
Não será francamente fácil agradar-se de tal trato?
Como consegues encontrar palavras cálidas na sequidão do coração-mundo?
E mil pétalas na aridez do homem-húmus?

E que estranho fervor esse em meu peito
Ao ouvir tua voz tocante de palavras, de outro plano?
Além do eu
Além do meu
Além do “eu posso!”.

Que é que tens acima de todos
Que ao te fazeres diminuído
Elevas os homens?

O que eu te fiz para merecer tanto bem?
Meu existir em nada me faz grande
Minhas atitudes não são as melhores.
Nosso maior bem não vem de nós
É teu existir em nosso ser

Nossas boas ações são de tua estrada
De bom fora de ti sobra nada.

Bem maior é entender que tua alegria perfeita
Não é num lugar no alto
Teu céu é dentro em nós. Até o fim.
E no fim de todos os homens
Reinicias nossa vidas
Qual fênix do pó.

Quanta beleza se expande de teus atos
Em ti qualquer arrependido sente-se perdoado
Sabendo que nunca foi nem será
Mais letal que o próprio Mal.

Que mente brilhante reconhecerá a dinâmica de teu amor
Que perpetua em si a misericórdia e a justiça
A sobrelevar nossa miséria?

Tu és o que somos de melhor
Tu és um de nós
Nunca haveremos de esquecer
Que sofrestes nossa dor
Pra não termos desculpas
De continuar nas trevas.

Tua cosmovisão cabe o mundo que é cada homem
Tua suficiência supre o vácuo,  que em nós persiste
 No vazio nosso de cada dia -

Quem revelará aos sentidos a felicidade?
Não será certamente outro senão o que me mostrou sempre
Que o brilho da vida
Só no amor chameja forte...

Que o amanhã pode ser melhor
Quando fazemos o que nos cabe
O resto
É de sua pertença
Só Ele sabe!

Quem poderá me dizer em totalidade , então,
Que é o homem?
Por fim quem me dirá quem é aquele
Que nascido homem,
Foi sempre Gerado-Deus,
Eterno Rei
Veio a nós em carne humana
Para sermos Deus?

                

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