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sexta-feira, 4 de julho de 2014

Fichamento topicalizado do texto:
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS: ensino médio. Brasília, 2000. P. 05-24


O SENTIDO DO APRENDIZADO NA ÁREA DE LÍNGUA PORTUGUESA


·         Um trabalho sistemático e organizado é mais que necessário para elevar o nível do ensino de português no ensino médio: é urgente.
·         Tanto a Psicologia quanto a Sociologia, Epistemologia, História, Semiótica, Linguística, Antropologia podem ajudar e já ajudam nessa tarefa.
·         Isso é possível porque a linguagem é por sua natureza própria transdisciplinar. Em linguagem filosófica: transcendental.
·         Conceito de linguagem: capacidade humana de articular significados coletivos e compartilhá-los em sistemas escolhidos pela própria sociedade que quer representar o mundo a sua volta de acordo com objetivos definidos pela necessidade psicológica e social.
·         A linguagem é uma herança social, uma riqueza a que cada individuo sadio tem capacidade para desenvolver, mas não desenvolve se não for ensinado. Eis a importância de uma educação serena e plena.
·         Na linguagem, estruturas mentais, emocionais, e perceptivas são reguladas por simbolismos.
·         O conteúdo arbitrário da linguagem é um dado importantíssimo para se compreender o modo como os homens se comunicam: poderia ser diferente, poderia ser de outro modo. Isso explica porque existem tantas línguas no mundo.
·         O grande objetivo da linguagem é a comunicação,  a interação, as interrelaçoes pessoais.
·         A linguagem envolve conhecimentos e formas de conhecer, pensamentos e formas de pensar, comunicação e os modos de comunicar, a ação e os modos de agir.
·         A linguagem é produz cultura e é produzido por ela.
·         As duas são criativas, contraditórias, pruridimensionais, múltiplas e singulares, ao mesmo tempo.
·         Relação entre linguagem e pensamento: a linguagem não somente representa, mas organiza e transmite o pensamento de forma mais efetiva e coerente.
·         A linguagem verbal e não-verbal criam cruzamentos  do tipo verbo-visuais, áudio-visuais, áudio-verbo-visuais e outros.
·         As escolhas possíveis dentro das relações comunicativas são: interações, códigos, e símbolos convencionados.
·         Os códigos que permitem a adequação de sentidos partilhados são as combinações discursivas, lexicais, fonológicas e gráficas.
·         Bakhtin afirma que o ato da fala requer uma competência social de utilizar a língua de acordo com as expectativas em jogo.
·         O caráter dialógico é o principal de qualquer linguagem como foi visto, e mais ainda impõem uma visão por demais ampla no ato de comunicar, seja ele superficial seja imediato com conteúdo histórico, social, e cultural dos símbolos que permeiam o cotidiano.


Compreender e usar os sistemas simbólicos da diferentes linguagens como meios de organização cognitiva da realidade pela constituição de significados, expressão, comunicação e informação



·         O aspecto formal é superado por significados e significações simbólicas presentes em todo e qualquer tipo de linguagem humana.
·         Aceitar uma padronicidade de uma língua é aceitar quem dela se alimenta para comandar a sociedade.
·         A linguagem é sobretudo política também.
·         A linguagem socializada na escola deve ser vista por sua faceta de mobilidade.
·         Os apriorismos devem ser evitados.
·         O espírito crítico não sobrevive a falta de pesquisa séria.
·         Para melhor compreender os itens de fins e meios, gênese histórica da linguagem, outras áreas dentro das ciências humanas e suas tecnologias e ciências da natureza, matemática e suas tecnologias podem cooperar.
·         A área própria da língua Portuguesa é linguagens, códigos e suas tecnologias. É dessa forma que se estrutura o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).


Analisar, interpretar e aplicar os recursos expressivos das linguagens, relacionando textos com seus contextos, mediante a natureza, função, organização das manifestações, de acordo com as condições de produção e recepção.




·         Deve ser ensinado ao aluno todos os meios para que ele mesmo possa, receber com espirito crítico e produzir conteúdo cultural e linguístico, aprender a analisar, interpretar e aplicar as informações e teorias recebidas para descobrir a verdadeira natureza, função e organização da linguagem humana na sua especificidade de língua portuguesa.
·         Cada escrita é filha de seu tempo.
·         Ao estudar as formas e estruturas diversas de poemas e romances de várias épocas dá o aluno adquire uma capacidade de reconhecimento de época, de nuances da linguagem, de conexões lógicas e simbólicas importantes ao desenvolvimento psíquico, social e cultural. 
·         Pode reconhecer ainda objetos comuns com características diferentes e as mesmas características pertencendo a sujeitos tão diversos.


Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e suas manifestações específicas




·         A faculdade pode formar bem um professor, mas o modo como ele passa o conteúdo teórico a seus alunos pode criar uma defasagem com lacunas e preconceitos na cabeça de cada estudante.
·         A teoria pode ser algo cansativo, mas é ela quem vai dar a motivação essencial de porque um autor age deste ou daquele modo, de porque de ele insistir nesse modo de linguagem, nesse plano de comunicação e não em outro.
·         O confronto de opiniões sobre um determinado problema é salutar para que o aluno possa ele mesmo escolher um lado, defender sua tese. 
·         As respostas não podem ser unilaterais, parciais, incompletas e desconexas.
·         É preciso superar a mania do achismo, as frases feitas, os axiomas descompromissados com a verdade.
·         Aprender a criticar cria o gosto, tanto quanto o gosto gera a crítica. Primeiro conhecer, depois aprender a criticar, antes de negar.
·         A competência que se espera de um aluno de ensino médio em relação às artes literárias é de poder declarar as suas próprias ideias de forma objetiva e fluente.


Respeitar e preservar as diferentes manifestações da linguagem utilizadas por diferentes grupos sociais, em suas esferas de socialização; usufruir do patrimônio nacional e internacional, com suas diferentes visões de mundo; e construir categorias de diferenciação, apreciação e criação. 



·         Cada linguagem tem recursos próprios de natureza sempre comunicativa, e a seu modo expressam ao mesmo tempo o coletivo e o individual, o universal e o particular.
·         Há variações possíveis dentro de uma mesma língua que tem legitimação na eficiência de seu uso pelos falantes e escritores no cotidiano. Nenhumas delas pode se arguir de ser a única possível.
·         Todos tem aspectos fonológicos, sintáticos e semânticos.
·         Ao compreender a linguagem como interação cresce no indivíduo a consciência coletiva, social, de si e do outro.
·         Se é de diálogo que o mundo precisa, é de linguagem que está se falando.


Utilizar-se das linguagens como meio de expressão, informação e comunicação em situações intersubjetivas, que exijam graus de distanciamento e reflexão sobre contextos e estatutos de interlocutores; e saber colocar-se como protagonista no processo de produção/recepção.




·         Todos os níveis sociais, grupos e agrupamentos, etnias, todos se utilizam da linguagem. Não há ninguém que estando consciente não se comunique de alguma forma, nem que seja por meio do próprio silenciar-se.
·         Quem pôde escolher um tipo de linguagem, um módulo comunicativo, sai à frente dos demais porque sabe o que faz e sabe por que faz. Usar esse meio de forma adequada, contextualizada deixa em vantagem quem enfrenta concorrência por melhores empregos, melhores funções, relacionamentos e relações mais complexas.
·         A linguagem, o que há para ser dito, pode ser infinito. Infinitas também são as possibilidades de estruturação, de concatenação de argumentos, de ideias, de artifícios linguísticos.
·         Ler para entender o mundo, entender o mundo para ler melhor. Eis o dilema, eis a questão!


Compreender e usar a Língua Portuguesa como língua materna, geradora de significação e integradora da organização de mundo e da própria identidade.




·         A língua materna é a verdadeira mediadora do diálogo com o mundo real e possível inserção no novo, no improvável.
·         Não existe língua no mundo desassociada das normas que lhe norteiam.
·         É um código ao mesmo tempo comunicativo e legislativo. Toda língua é encarnada. Nenhuma delas está fora do quadro cultural que lhe deu origem.
·         Mas o domínio dos códices da língua não dão material suficiente para formar comunicadores exemplares e de sucesso.
·         É por isso que a língua materna, na sua dimensão padrão é só um dos instrumentos de comunicação ao lado das variantes da linhagem simbólica e representativa dos modos de pensar e ser, das regionalidades, dos grupos, das camadas sociais.


 Conhecer e usar língua estrangeira moderna como instrumentos de acesso a informações e a outras culturas e grupos sociais.




·         A LDB e a CNE reconheceu a importância das línguas estrangeiras modernas para a melhoria do processo ensino-aprendizagem num mundo tão imergido no globalismo.
·         São veículos de cultura e informação e levam ao mundo a cultura de seus povos, suas tradições e valores que merecem ser compartilhados com todos os humanos.
·         É uma ferramenta imprescindível para a boa formação pessoal, acadêmica e profissional além de permitir o diálogo entre sujeitos antes alheios entre si.
·         Até quando discutem dois homens de culturas diferentes tem algo de comum entre si: a língua que os media.  


Entender os princípios das tecnologias da comunicação e da informação, associá-las aos conhecimentos científicos, às linguagens que lhe dão suporte e aos problemas que se propõem a solucionar.




·         A tecnologia é tudo o que o homem cria para facilitar sua vida. Desde o papel até a pedra polida, da roda à roldana, do celular ao microscópio celular.
·         A tecnologia é instrumento para o homem. Isso significa que pode viver sem ela, mas não viveria tão bem sem ela.
·         E o homem usa instrumentos para potencializar a si mesmo, para otimizar seu desempenho. Ele os completa, os aperfeiçoa. Com eles o homem alcança o inalcançável. Ele pode muito mais quando utiliza esses meios de execução.
·         Cria a máquina, inventa o veículo, a ferramenta, os macetes. Sonha, pensa, projeta, testa e obtém novas peças que saem de sua cabeça direto para as suas mãos. Esses não são mais filhos da natureza, são filhos do homem. Modelos que ganham existência, à semelhança do homem, segundo as necessidades básicas e não.


Entender o impacto das tecnologias da comunicação e da informação na sua vida, nos processos de produção, no desenvolvimento do conhecimento e na vida social.




·         Mais do que produtos de mercado, as tecnologias são produtos de práticas sociais, das demandas populares e de elite.
·         Não são apenas máquinas, mas conquistam o gosto de todos. Ninguém vive hoje sem tecnologia, até mesmo os mais humildes.
·         Muitos dirão que a tecnologia introduzem o afastamento da homem-homem. O que não chega a ser verdade. É o “como” que define a tendência maléfica ou não do uso das tecnologias.
·         Robôs hoje são usados para ajudar crianças altistas, jogos de computação auxiliam na alfabetização, programas de computador auxiliam nas apresentações eficientes e esteticamente belas. Será que é isso é um erro?


Aplicar as tecnologias da comunicação e da informação na escola, no trabalho e em outros contextos relevantes para a sua vida.



·         É bom que as tecnologias da comunicação estejam contempladas nos currículos e disciplinas escolares.
·         Ter as tecnologias no alcance das mãos é mais que uma necessidade. É um direito atual indispensável.




  

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