Fichamento topicalizado do texto:
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS:
ensino médio. Brasília, 2000. P. 05-24
O SENTIDO DO
APRENDIZADO NA ÁREA DE LÍNGUA PORTUGUESA
·
Um
trabalho sistemático e organizado é mais que necessário para elevar o nível do
ensino de português no ensino médio: é urgente.
·
Tanto
a Psicologia quanto a Sociologia, Epistemologia, História, Semiótica,
Linguística, Antropologia podem ajudar e já ajudam nessa tarefa.
·
Isso
é possível porque a linguagem é por sua natureza própria transdisciplinar. Em
linguagem filosófica: transcendental.
·
Conceito
de linguagem: capacidade humana de articular significados coletivos e
compartilhá-los em sistemas escolhidos pela própria sociedade que quer
representar o mundo a sua volta de acordo com objetivos definidos pela
necessidade psicológica e social.
·
A
linguagem é uma herança social, uma riqueza a que cada individuo sadio tem
capacidade para desenvolver, mas não desenvolve se não for ensinado. Eis a
importância de uma educação serena e plena.
·
Na
linguagem, estruturas mentais, emocionais, e perceptivas são reguladas por
simbolismos.
·
O
conteúdo arbitrário da linguagem é um dado importantíssimo para se compreender
o modo como os homens se comunicam: poderia ser diferente, poderia ser de outro
modo. Isso explica porque existem tantas línguas no mundo.
·
O
grande objetivo da linguagem é a comunicação,
a interação, as interrelaçoes pessoais.
·
A
linguagem envolve conhecimentos e formas de conhecer, pensamentos e formas de
pensar, comunicação e os modos de comunicar, a ação e os modos de agir.
·
A
linguagem é produz cultura e é produzido por ela.
·
As
duas são criativas, contraditórias, pruridimensionais, múltiplas e singulares,
ao mesmo tempo.
·
Relação
entre linguagem e pensamento: a linguagem não somente representa, mas organiza
e transmite o pensamento de forma mais efetiva e coerente.
·
A
linguagem verbal e não-verbal criam cruzamentos
do tipo verbo-visuais, áudio-visuais, áudio-verbo-visuais e outros.
·
As
escolhas possíveis dentro das relações comunicativas são: interações, códigos,
e símbolos convencionados.
·
Os
códigos que permitem a adequação de sentidos partilhados são as combinações
discursivas, lexicais, fonológicas e gráficas.
·
Bakhtin
afirma que o ato da fala requer uma competência social de utilizar a língua de
acordo com as expectativas em jogo.
·
O
caráter dialógico é o principal de qualquer linguagem como foi visto, e mais
ainda impõem uma visão por demais ampla no ato de comunicar, seja ele
superficial seja imediato com conteúdo histórico, social, e cultural dos
símbolos que permeiam o cotidiano.
Compreender e usar os sistemas
simbólicos da diferentes linguagens como meios de organização cognitiva da
realidade pela constituição de significados, expressão, comunicação e
informação
·
O
aspecto formal é superado por significados e significações simbólicas presentes
em todo e qualquer tipo de linguagem humana.
·
Aceitar
uma padronicidade de uma língua é aceitar quem dela se alimenta para comandar a
sociedade.
·
A
linguagem é sobretudo política também.
·
A
linguagem socializada na escola deve ser vista por sua faceta de mobilidade.
·
Os
apriorismos devem ser evitados.
·
O
espírito crítico não sobrevive a falta de pesquisa séria.
·
Para
melhor compreender os itens de fins e meios, gênese histórica da linguagem,
outras áreas dentro das ciências humanas e suas tecnologias e ciências da
natureza, matemática e suas tecnologias podem cooperar.
·
A
área própria da língua Portuguesa é linguagens, códigos e suas tecnologias. É
dessa forma que se estrutura o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).
Analisar, interpretar
e aplicar os recursos expressivos das linguagens, relacionando textos com seus
contextos, mediante a natureza, função, organização das manifestações, de
acordo com as condições de produção e recepção.
·
Deve
ser ensinado ao aluno todos os meios para que ele mesmo possa, receber com
espirito crítico e produzir conteúdo cultural e linguístico, aprender a
analisar, interpretar e aplicar as informações e teorias recebidas para
descobrir a verdadeira natureza, função e organização da linguagem humana na
sua especificidade de língua portuguesa.
·
Cada
escrita é filha de seu tempo.
·
Ao
estudar as formas e estruturas diversas de poemas e romances de várias épocas
dá o aluno adquire uma capacidade de reconhecimento de época, de nuances da
linguagem, de conexões lógicas e simbólicas importantes ao desenvolvimento
psíquico, social e cultural.
·
Pode
reconhecer ainda objetos comuns com características diferentes e as mesmas
características pertencendo a sujeitos tão diversos.
Confrontar opiniões e pontos de
vista sobre as diferentes linguagens e suas manifestações específicas
·
A
faculdade pode formar bem um professor, mas o modo como ele passa o conteúdo
teórico a seus alunos pode criar uma defasagem com lacunas e preconceitos na
cabeça de cada estudante.
·
A
teoria pode ser algo cansativo, mas é ela quem vai dar a motivação essencial de
porque um autor age deste ou daquele modo, de porque de ele insistir nesse modo
de linguagem, nesse plano de comunicação e não em outro.
·
O
confronto de opiniões sobre um determinado problema é salutar para que o aluno
possa ele mesmo escolher um lado, defender sua tese.
·
As
respostas não podem ser unilaterais, parciais, incompletas e desconexas.
·
É
preciso superar a mania do achismo, as frases feitas, os axiomas
descompromissados com a verdade.
·
Aprender
a criticar cria o gosto, tanto quanto o gosto gera a crítica. Primeiro
conhecer, depois aprender a criticar, antes de negar.
·
A
competência que se espera de um aluno de ensino médio em relação às artes
literárias é de poder declarar as suas próprias ideias de forma objetiva e
fluente.
Respeitar e preservar as diferentes
manifestações da linguagem utilizadas por diferentes grupos sociais, em suas
esferas de socialização; usufruir do patrimônio nacional e internacional, com
suas diferentes visões de mundo; e construir categorias de diferenciação,
apreciação e criação.
·
Cada
linguagem tem recursos próprios de natureza sempre comunicativa, e a seu modo
expressam ao mesmo tempo o coletivo e o individual, o universal e o particular.
·
Há
variações possíveis dentro de uma mesma língua que tem legitimação na
eficiência de seu uso pelos falantes e escritores no cotidiano. Nenhumas delas
pode se arguir de ser a única possível.
·
Todos
tem aspectos fonológicos, sintáticos e semânticos.
·
Ao
compreender a linguagem como interação cresce no indivíduo a consciência
coletiva, social, de si e do outro.
·
Se
é de diálogo que o mundo precisa, é de linguagem que está se falando.
Utilizar-se das linguagens como meio
de expressão, informação e comunicação em situações intersubjetivas, que exijam
graus de distanciamento e reflexão sobre contextos e estatutos de
interlocutores; e saber colocar-se como protagonista no processo de
produção/recepção.
·
Todos
os níveis sociais, grupos e agrupamentos, etnias, todos se utilizam da
linguagem. Não há ninguém que estando consciente não se comunique de alguma
forma, nem que seja por meio do próprio silenciar-se.
·
Quem
pôde escolher um tipo de linguagem, um módulo comunicativo, sai à frente dos
demais porque sabe o que faz e sabe por que faz. Usar esse meio de forma
adequada, contextualizada deixa em vantagem quem enfrenta concorrência por
melhores empregos, melhores funções, relacionamentos e relações mais complexas.
·
A
linguagem, o que há para ser dito, pode ser infinito. Infinitas também são as possibilidades
de estruturação, de concatenação de argumentos, de ideias, de artifícios
linguísticos.
·
Ler
para entender o mundo, entender o mundo para ler melhor. Eis o dilema, eis a
questão!
Compreender e usar a Língua
Portuguesa como língua materna, geradora de significação e integradora da
organização de mundo e da própria identidade.
·
A
língua materna é a verdadeira mediadora do diálogo com o mundo real e possível inserção
no novo, no improvável.
·
Não
existe língua no mundo desassociada das normas que lhe norteiam.
·
É
um código ao mesmo tempo comunicativo e legislativo. Toda língua é encarnada.
Nenhuma delas está fora do quadro cultural que lhe deu origem.
·
Mas
o domínio dos códices da língua não dão material suficiente para formar
comunicadores exemplares e de sucesso.
·
É
por isso que a língua materna, na sua dimensão padrão é só um dos instrumentos
de comunicação ao lado das variantes da linhagem simbólica e representativa dos
modos de pensar e ser, das regionalidades, dos grupos, das camadas sociais.
Conhecer e usar língua estrangeira moderna
como instrumentos de acesso a informações e a outras culturas e grupos sociais.
·
A
LDB e a CNE reconheceu a importância das línguas estrangeiras modernas para a
melhoria do processo ensino-aprendizagem num mundo tão imergido no globalismo.
·
São
veículos de cultura e informação e levam ao mundo a cultura de seus povos, suas
tradições e valores que merecem ser compartilhados com todos os humanos.
·
É
uma ferramenta imprescindível para a boa formação pessoal, acadêmica e
profissional além de permitir o diálogo entre sujeitos antes alheios entre si.
·
Até
quando discutem dois homens de culturas diferentes tem algo de comum entre si:
a língua que os media.
Entender os princípios das
tecnologias da comunicação e da informação, associá-las aos conhecimentos
científicos, às linguagens que lhe dão suporte e aos problemas que se propõem a
solucionar.
·
A
tecnologia é tudo o que o homem cria para facilitar sua vida. Desde o papel até
a pedra polida, da roda à roldana, do celular ao microscópio celular.
·
A
tecnologia é instrumento para o homem. Isso significa que pode viver sem ela,
mas não viveria tão bem sem ela.
·
E
o homem usa instrumentos para potencializar a si mesmo, para otimizar seu
desempenho. Ele os completa, os aperfeiçoa. Com eles o homem alcança o
inalcançável. Ele pode muito mais quando utiliza esses meios de execução.
·
Cria
a máquina, inventa o veículo, a ferramenta, os macetes. Sonha, pensa, projeta,
testa e obtém novas peças que saem de sua cabeça direto para as suas mãos. Esses
não são mais filhos da natureza, são filhos do homem. Modelos que ganham
existência, à semelhança do homem, segundo as necessidades básicas e não.
Entender o impacto das tecnologias
da comunicação e da informação na sua vida, nos processos de produção, no
desenvolvimento do conhecimento e na vida social.
·
Mais
do que produtos de mercado, as tecnologias são produtos de práticas sociais,
das demandas populares e de elite.
·
Não
são apenas máquinas, mas conquistam o gosto de todos. Ninguém vive hoje sem
tecnologia, até mesmo os mais humildes.
·
Muitos
dirão que a tecnologia introduzem o afastamento da homem-homem. O que não chega
a ser verdade. É o “como” que define a tendência maléfica ou não do uso das
tecnologias.
·
Robôs
hoje são usados para ajudar crianças altistas, jogos de computação auxiliam na
alfabetização, programas de computador auxiliam nas apresentações eficientes e esteticamente
belas. Será que é isso é um erro?
Aplicar as tecnologias da
comunicação e da informação na escola, no trabalho e em outros contextos
relevantes para a sua vida.
·
É
bom que as tecnologias da comunicação estejam contempladas nos currículos e
disciplinas escolares.
·
Ter
as tecnologias no alcance das mãos é mais que uma necessidade. É um direito
atual indispensável.
Nenhum comentário:
Postar um comentário