Caracterização da área de língua
portuguesa
INTRODUÇÃO
·
O ensino de Língua Portuguesa está no centro da discussão sobre a melhoria da educação no país desde os anos 80.
·
O
cerne do problema do Ensino Fundamental está justamente no quesito leitura e
escrita, ou seja, o letramento e alfabetização.
· O autor chama de gargalos os dois períodos mais críticos da experiência estudantil: o fim da primeira série e a quinta série. O primeiro pela dificuldade em alfabetizar. O segundo pela dificuldade em usar a linguagem eficazmente.
· Hoje, por conta da dificuldade dos universitários entenderem o que leem, têm-se focado mais nos vestibulares as questões dissertativas, de escrita e de interpretação. Até mesmo a nota aumenta se o aluno se der melhor nessas questões que nas de múltipla escolha.
· Reorientação curricular e projetos de formação de professores são as praticas mais comuns para revisão das praticas tradicionais de alfabetização inicial e ensino de língua portuguesa.
· A causa do fracasso escolar nos anos 60 estava no próprio aluno. Pelos menos era essa a opinião geral. A solução parecia investir em mais exercícios de prontidão.
· Já em 80, choveu lançamentos de artigos, livros e pesquisas que deslocavam o foco não na questão de como se ensina, mas de como se aprende. O trabalho psico-pedagógico mais importante foi intitulado de “Psicogênese da língua escrita”.
· Procurou-se compreender as razões do fracasso escolar dos mais pobres. Conclusão: as crianças mais abastadas participavam mais de atividades sociais que exigiam mais o uso da escrita. Eis a razão de sua vantagem.
· Mesmo assim, ficou provado com o tempo que as crianças em geral têm um conhecimento prévio à escola, sejam elas pobres ou ricas. Esse conhecimento vem da própria vivencia familiar. Comprovou-se que elas sabiam muito mais do que parecia.
· Alfabetizar-se não é olhar e decorar. Não é só ler gráficos da linguagem, mas chegar a entende-la a partir dos conceitos, segundo a lógica da comunicação.
· Os exercícios de prontidão e o silabário da cartilha foram duramente criticados.
· Entrou em campo ciências como a psicologia da aprendizagem, psicologia cultural as psicologias da linguagem: psicolinguística e sociolinguística.
· É mais frutuoso a leitura escrita com compreensão ativa que a decodificação e o silêncio subserviente.
· O foco de fala e escrita deve estar no texto, não na sílaba, não na correção do conteúdo produzido pelo aluno.
· É preciso pensar sobre a linguagem para reproduzir a linguagem no formato escrita.
· A tecnologia não destrói a escrita, antes a escrita é condição para o indivíduo socializar-se.
· Infelizmente ainda os chamados “filhos do analfabetismo” (filhos de analfabetos) têm acesso aos estudos mas não sucesso significativo da ascensão social.
· O autor chama de gargalos os dois períodos mais críticos da experiência estudantil: o fim da primeira série e a quinta série. O primeiro pela dificuldade em alfabetizar. O segundo pela dificuldade em usar a linguagem eficazmente.
· Hoje, por conta da dificuldade dos universitários entenderem o que leem, têm-se focado mais nos vestibulares as questões dissertativas, de escrita e de interpretação. Até mesmo a nota aumenta se o aluno se der melhor nessas questões que nas de múltipla escolha.
· Reorientação curricular e projetos de formação de professores são as praticas mais comuns para revisão das praticas tradicionais de alfabetização inicial e ensino de língua portuguesa.
· A causa do fracasso escolar nos anos 60 estava no próprio aluno. Pelos menos era essa a opinião geral. A solução parecia investir em mais exercícios de prontidão.
· Já em 80, choveu lançamentos de artigos, livros e pesquisas que deslocavam o foco não na questão de como se ensina, mas de como se aprende. O trabalho psico-pedagógico mais importante foi intitulado de “Psicogênese da língua escrita”.
· Procurou-se compreender as razões do fracasso escolar dos mais pobres. Conclusão: as crianças mais abastadas participavam mais de atividades sociais que exigiam mais o uso da escrita. Eis a razão de sua vantagem.
· Mesmo assim, ficou provado com o tempo que as crianças em geral têm um conhecimento prévio à escola, sejam elas pobres ou ricas. Esse conhecimento vem da própria vivencia familiar. Comprovou-se que elas sabiam muito mais do que parecia.
· Alfabetizar-se não é olhar e decorar. Não é só ler gráficos da linguagem, mas chegar a entende-la a partir dos conceitos, segundo a lógica da comunicação.
· Os exercícios de prontidão e o silabário da cartilha foram duramente criticados.
· Entrou em campo ciências como a psicologia da aprendizagem, psicologia cultural as psicologias da linguagem: psicolinguística e sociolinguística.
· É mais frutuoso a leitura escrita com compreensão ativa que a decodificação e o silêncio subserviente.
· O foco de fala e escrita deve estar no texto, não na sílaba, não na correção do conteúdo produzido pelo aluno.
· É preciso pensar sobre a linguagem para reproduzir a linguagem no formato escrita.
· A tecnologia não destrói a escrita, antes a escrita é condição para o indivíduo socializar-se.
· Infelizmente ainda os chamados “filhos do analfabetismo” (filhos de analfabetos) têm acesso aos estudos mas não sucesso significativo da ascensão social.
Linguagem
e participação social
·
- É dever de toda a sociedade abrir caminho aos mais novos cidadãos de poderem exercer bem sua função social através do acesso aos saberes linguísticos e culturais necessários.
- · A função essencial do letramento é formar em cada aluno a capacidade de tornar-se independente, um ser autônomo, que saiba fazer por si mesmo uma leitura de mundo, a partir da leitura de uma variedade grande de textos e produzi-los, além de poder assumir a palavra, emitir opinião.
Linguagem,
atividade discursiva e textualidade
- · A linguagem é uma atividade dialogal entre sujeitos históricos e com interesses específicos que perpassam classes e grupos sociais
- · A língua é para dar significado ao mundo e à realidade.
- · Linguagem e pensamento não são tem a mesma identidade. Este cria esta. Mesmo assim, ela o representa. São inseparáveis.
- · Toda linguagem humana é intencional e se liga à realidade dos sujeitos, que pode ser recriada e repensada.
- · Enquanto se fala, aprende-se a falar.
- · Ao fazer linguagem o homem se comunica e ao se comunicar ele busca criar discurso, ter o que dizer, a quem dizer, como dizer.
- · Muito da linguagem tem conteúdo inconsciente, mas sempre é intencional.
APRENDER E ENSINAR
Língua
portuguesa na escola
- · Os protagonistas da aprendizagem são: aluno, língua e ensino.
- · O aluno é o sujeito. A Língua Portuguesa é o objeto do conhecimento. O Ensino é o mediador (prática educacional).
- · O ato de aprender não é cem por cento espontâneo. Isto quer dizer que o professor sempre será um elemento necessário ao aprendizado.
Diversidade
de textos
·
- Para atender à demanda sempre crescente por textos dos mais variados, exige-se da escola que trabalhem com textos mais cheios de vida e menos técnicos e canônicos
Que
fala cabe à escola ensinar
- ·
- Apesar das muitas variedades de dialetos no Brasil, ainda há muito preconceito.
- · Esse preconceito existe por conta de duas crenças ou mitos:
- 1. De que existe uma só forma certa de falar – a que se parece com a escrita.
- 2. Que a escrita é o espelho da fala – é preciso consertar a fala para ensinar a escrever melhor.
- · Saber qual a forma mais adequada de falar num determinado contexto. Eis o que verdadeiro método. Não se trata de falar certo ou errado, mas de falar certo para aquele contexto, ou errado para o mesmo contexto.
- · A correção da forma é menos importante que o poder de comunicação que aquele discurso tem. O importante é produzir o efeito pretendido.
Que
escrita cabe à escola ensinar
ALFABETIZAÇÃO
E ENSINO DA LÍNGUA
- · Sempre se considerou que o ensino da língua portuguesa tinha por missão duas tarefas: alfabetização e estudo específico da língua.
- · Na alfabetização: sistema alfabético de escrita (correspondência fonográfica) e convenções ortográficas.
- · No estudo da língua: exercícios de redação e treinos ortográficos e gramaticais.
- · O autor de um texto, de um discurso, não é sempre aquele que o pôs por escrito. Uma coisa é o que o dita, outro é o que o transcreve.
- · O discurso é um recurso tanto da fala quanto da escrita. Eles não são idênticos sempre. Não são réplicas exatas um do outro.
- · É um erro pensar que o ensino do be-á-bá é a única forma de aprender uma língua.
- · Aprender o alfabeto não dá o poder de compreender e produzir textos escritos. É preciso muito mais.
O
TEXTO COMO UNIDADE DE ENSINO
- · A escola desde há muito tempo utiliza textos metalinguísticos, auto-reflexos, para ensinar a ler que não fazem mais que entediar os pequenos e ávidos leitores.
- · São curtos demais, frases, na verdade. Não chegam a formar texto, ou não são textos que imponham desafio á sede de saber, à curiosidade.
- · Deveriam em vez disso fazer uso de textos ecléticos, que não fossem apenas cartilhas.
- · É preciso dar ás crianças textos de qualidade, mais complexos e daí ir fazendo as inferências, interpretações.
A
ESPECIFICIDADE DO TEXTO LITERÁRIO
- · A literatura não é copia do real, puro exercício da linguagem, mera fantasia.
- · Sua relação com real pode ser indireta, mas só enquanto se apropria dela para recriá-la e transgredi-la, por vezes.
- · A literatura, por isso, está recheada por jogos de aproximações e afastamentos do real.
- · Características essenciais da literatura.
1.
Invenções
de linguagem
2. Expressão das subjetividades
3. Trânsito das sensações
4. Mecanismos ficcionais
5. Procedimentos racionalizantes
6. Referencias indiciais
7. Citações do cotidiano.
·
Não
é propriedade da literatura ou da leitura literária ensinar:
1.
Ensinar
boas maneiras
2. Hábitos de higiene
3. Deveres dos cidadãos
4. Normativas gramaticais
A
prática de reflexão sobre a língua
·
- O estudo da linguagem ( a análise linguística) gera reflexão , que é a capacidade de produzir e interpretar textos com destreza.
- Dois são os modos de refletir sobre a linguagem: epilinguístico e metalinguístico.
- O epilinguístico está voltado à reflexão do que é cotidiano, próprio da experiência sensorial extra-texto.
- O metalinguístico é aquele que vai ao próprio sistema linguístico para lhe categorizar, descrever, sistematizar.
- · A gramática precisa deixar de ser elemento exclusivo do ambiente escolar e fazer parte da vida das pessoas. Ela foi feita para os homens, não os homens para ela.
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