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quarta-feira, 2 de abril de 2014

O gigante roncou tão alto que finalmente acordou-se a si mesmo para esmagar

Ainda somos índios
Ainda vendemos nossa alma inconscientemente ou não por migalhas, trapos e penduricalhos.
Ainda queremos ver a nós mesmos no espelho e não a realidade.
Agora não mais o homem branco, mas toda a classe branca. A classe do poder. A verdadeira classe que manda no país.
Era sonho de Platão que os lideres de uma nação fossem os amantes da sabedoria. Mas o que vemos então é atuarem os amigos do dinheiro.
Aqueles que contratam pistoleiros para convencer sem diálogo, os que enviam a polícia para coagir sem maiêutica.  Os que enviam seus cães mais ferozes para abafar a zona de guerra de ideias sem diplomacia, nem justiça, nem boa vontade ou bom senso.
Os mesmo que rejeitam a revolução em vista de uma falsa imagem de ORDEM E PROGRESSO, quando nos bastidores só impõe a ODE AO REGRESSO.
Pois é isso: ainda trocamos ouro por dentaduras, prata por pente e bronze por rasuras do bem comum.
E os entregamos aos donos de metade do país, chefes das grandes empresas e enormes espólios da democracia. Bem conheceis vossos tesouros: vão desde times de futebol, bancos, construtoras, mercadões, a grã-latifundiários da Amazônia. Estes consideram os territórios indígenas seu quintal, a urna eleitoral é sua latrina, e os campos de açúcar alagoanos sua senzala mais obscura, porém lucrativa.
Vivemos no país que aos seus filhos dá lavagem e aos estrangeiros vende a Friboi da melhor qualidade. Aqui nada do que se planta, dá: vende-se, e caro.
Amigos, não é o Redbul que dá asas, mas a verdade, pelo conhecimento. Queres ser livre? Conhece-te a ti mesmo e aos teus verdadeiros inimigos! O poder vem da mente sã e a razão vem de um coração livre e com coragem.
Reconheçam quem de vocês quer lhes prender sem grades. É arma deles cegar o povo, apagar-lhes a luz da verdade com a isenção da educação nos estados e municípios.
Falta essa luz nas escolas. Mas essa fagulha não vem da Hidroelétrica macro-econômica, mas sim pelo esclarecimento das consciências incautas. Acendeu-se o candeeiro, mas faltou querosene. Porque dizem que não há recursos suficientes da República Federativa do Brasil no pavil, ela que é a sexta economia do globo.
Mas não há problema, a aula não pode terminar, vamos para fora! A sala de aula virou uma caverna platônica onde a paixão pelo sucesso não liberta, mas aprisiona. Ouço uma voz que não cala: “Vem pra rua, Vem pra rua!”
Mas até a luz da lua desapareceu na sua mais triste fase. É lua minguada, igual ao caldo da merenda que falta. Até a lua tem fase, mas melhora; e tu, Brasil, porque não agora?!







Um se diz sensato e grita: vamos para casa apoiar a greve sentado numa poltrona enviando msn de boa vontade e voto de sucesso.
Já o sistema divide opiniões. Será que o Estado existe para o bem comum ou para comer bem?
Formamos cidadãos ou massa de manobra?
O número pode estar bonito, mas a letra está torta!
A foto está linda, mas é uma montagem caseira de Photoshop.
A educação passa quem não pode passar pra poder deixar passar os que nunca deviam ter entrado.   
Trancamos as portas das escolas contra as drogas, mas os traficantes não estão fora.
O chefe da quadrilha estudou em Sourbone.
Ninguém passou de ano na escola-prisão por bom comportamento.
Mas sim. Existe sim uma luz no fim do túnel do esgoto: um futuro menos roto.
Mas Michael, eles não ligam pra gente!
O pobre menino descalço está numa encruzilhada entre a cruz e a espada: ou vai estudar numa escola violenta ou vai para a roça amolar enxada. O Bolsa-família é tão pouco que não compra nem uma bolsa para os livros.  
O sistema de ensino é uma rede preguiçosa ao sol de Ipanema: não vê nenhum problema!
Até que um dia é assaltado! Passe o relógio! O tempo acabou. A sua hora chegou, Brasil, e agora? O Gigante acordou, vamos embora?

JCARLOSJR.